O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá,
mas principalmente, o que ele tira de mim:
a carência, a ilusão de autossuficiência,
a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios.
Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um,
para qualquer coisa, a qualquer hora.
O amor tira de mim a vontade de desistir com facilidade,
de ir embora antes de sentir vontade,
de abandonar sem saber por quê.
E é por isso que o amor me assombra
tanto quanto delicia.
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