Cada um escolhe por qual janela olhar

sábado, 31 de janeiro de 2009

Eu quero uma casa no campo

Eu quero uma casa no campo onde eu possa acordar cedinho e tenha somente a certeza dos amigos do peito e nada mais. Eu quero uma casa no campo, onde eu possa ficar no tamanho da paz e tenha somente a certeza dos limites do corpo e nada mais. Eu quero carneiros e cabras pastando solenes no meu jardim, eu quero o silêncio das línguas cansadas, eu quero a esperança de óculos e um filho de cuca legal. Eu quero plantar e colher com a mão a pimenta e o sal.Eu quero uma casa no campo, do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé, onde eu possa plantar meus amigos, meus discos e livros e nada mais.
Orgulho ás vezes parece valer mais que o amor.

Cc

domingo, 25 de janeiro de 2009

Ela daquelas que chora por tudo; uma perda, uma vitória, um filme com um final feliz ou por não está feliz...Chora de saudade, de dor e por amor. Às vezes ela exagera, perde o controle da situação, troca os pés pelas mãos, mas sempre segue em frente. Ela vive cercada de gente, e mesmo assim se sente só. Ela luta, espera, acredita, ela perde, insiste, conquista. Ela tem medo, mas quem não tem? Sonha com um amor que vem pra dar sentido a sua vida, tornar ela mais vivida como sempre devia ser. Já pensou em desistir de tudo, por achar o mundo muito injusto quase colocou tudo a perder. Mas lembrou de todos os seus planos, daquela casa lá no campo, cachorros, crianças e flores na varanda daquele jeito que ela sempre sonhou. Resolveu dá mais uma chance a si mesmo, ao invés de ficar entregue a esmo começou logo a perceber, que só depende dela ter um final feliz igual aos filmes que ela ver na TV.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009


Ao que há de vir.
Escuta daí essas palavras que o vento sopra em teus ouvidos, Coisa Minha. Não se assuste CoM essa brisa, não. É coisa minha. Coisa linda. E dessa coisa assim, igual a você, não há de haver outra. Já contei que quando da tua chegada, essa minha parte que falta, pedaço do meu inteiro, acabará onde começa você? Justinho você, que já é meu, sem nem saber sequer. Eu tampouco sei. Sei, entretanto, que farei de você um lugar, e ali será minha morada. Mas não tenho pressa, não. Não tenha pressa você também.Enquanto você não vem, fico daqui, mãos ao queixo, pensando em como tua presença primeira vai calar minha voz. Imaginando a ventura de poder enfim saborear a plenitude dos versos daqueles poetas que leio, enquanto desenharei você. Peço de antemão que, quando você chegar, entenda minha timidez, esse meu ar recuado, e não deixe que isso sirva de empecilho para tocar tuas notas. Vou gostar de ouvi-las. Você vai cantar em mim, e minha alma desabrochará em flor, espalhando aquela sensação de que sempre fomos um. Me despirei então, pétala por pétala, e te contarei dos planos que andei pintando para nós dois durante essa espera.Cabe aqui avisar que você me descobrirá boba. É esse meu jeito assim, feito com um pedaço de cada amor errado. Meu jeito cheio de engano e de imperfeição. Tão boba, eu sou! Leio poesia, mas ainda não aprendi a vivê-la. Carrego sempre um verso no peito. Esse verso pode virar você. Então, Coisa Minha, se você chegar a conhecer esses meus lados às avessas, é sinal de que consigo ser eu mesma quando na tua presença. Isso se você prometer não correr ao me notar de pijamas e cachos amassados, daquele jeito desgrenhado e louco, a cada amanhecer.Eu não vou ligar se você me acordar no meio da noite, dizendo que ninguém mais poderia ouvir o que você tem para contar. Vou amar tua cara de sono, ceder a cada pedido de beijo teu, fazer dos teus braços cobertor, brincar com teus cabelos entre afagos, cantarolando baixinho uma melodia qualquer, até você adormecer outra vez. Prometo não contar para ninguém das estrelas que você trará consigo. Vou apenas fotografar o luar em teus olhos, a cada anoitecer. Aí, entenderei do mistério com o qual você foi afastando minha solidão, enquanto chegava assim, tão sorrateiro em seu silêncio, quase sem me deixar perceber o prenúncio dos teus passos.Quando esses olhos castanhos te observarem como quem mira ilhas distantes e serenas, e eu me fizer calada, saiba que nessa hora eles estarão sendo acarinhados por tua imagem em minha frente. Eis minha explicação para o não piscar. E em meio a carícias doces, e tão suaves, sentidas como se feitas por lábios, me perderei em teus abraços. Farei deles meu abrigo. Gosto dessa história de corações conversando. Durante essa conversa, brincarei de descobrir teu cheiro. É que assim, quando você estiver um tanto longe, eu vou gostar de quase poder enxergar você quando alguém exalar essa tua essência numa esquina qualquer.A cada entardecer após teu pousar, vou grudar nossas mãos e sussurrar um sem fim de amores ao pé do ouvido teu. Aí você vai me mostrar esse sorriso lindo que carregará no rosto - o sorriso mais terno de todos, e meus dias se iluminarão. Isso às vezes, pois não sou dada a declarações, surpresas e apelidos fofos. E quando eu já for assim, coisa tua, vez ou outra te observarei ao violão, também. Ah, você tocará lindo, mesmo quando desafinado. Me aproximarei de leve, para não te atrapalhar. Meu coração ali, batendo descompassadamente mais uma canção por você.Viveremos também momentos de zanga, claro. Discussões acontecerão. Mas sei que faremos disso motivos para procuras maiores. Não nos perderemos. Nos entenderemos no silêncio, e distribuiremos gentilezas. Seremos amizade. Pedaço inteiro. Que é para nos sabermos suporte. Para nos fazermos chão firme um do outro, durante aquelas crises que nos invadem nessas tardes de uma terça-feira ociosa qualquer. Meu riso será tão feliz contigo! Sei que quando você finalmente chegar desses confins do não sei onde, Sonho Meu, me livrarei dessa saudade assimilada que me preenche, e não acho que vou querer fechar os olhos outra vez. A cada chegada tua, ouvirei as flautas. E as almas em dueto ensaiarão uma busca infinda de singularizarem-se.Será que você, aí no seu canto, sonha esse nosso sonho meu? Será que esse meu desenho das incertas linhas tuas vai fazer nosso encontro em alguma curva? Eu nem me importo com um barraco, um coqueiro, uma lua, o mar, e você me contando tuas coisinhas. Prometo nem implicar quando você contar pela milésima vez o mesmo caso. Vou ouvir as histórias de você, atenta ao teu gesticular de mãos, decorando teu piscar de olhos, teus ais, tua tez, aprendendo a enxergar a transparência da tua alma. É que quando acontecer nós dois, tão logo meus sentidos borboletearão. Haverão palavras trêmulas. E no meio dessas palavras soltas, a gente vai entender segurança. Cada instante será sempre. A redoma feita desse amor protegerá nossa poesia.Ah! Veja bem, não viveremos nenhum conto de fadas, não. Contos são curtos por demais! Mas posso segredar uma boniteza? Escreveram por aí que juntos viveremos nosso último romance. Arrisco acreditar. Sonho tua voz. E escrevo você existindo para me roubar coisas que já são tuas.Mas enquanto você não vem, Coisa Minha, brinquemos de tempo-será, tal qual o poeta. Uma hora dessas acaba sendo. Vamos de mãos dadas.
-Título emprestado do Último Romance, de Amarante
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009


"As pessoas possuem cicatrizes. Em todos os tipos de lugares inesperados. Como mapas secretos de suas historias pessoais. Diagramas de suas velhas feridas. A maioria de nossas feridas podem sarar, deixando nada além de uma cicatriz. Mas algumas não curam. Algumas feridas podemos carregar conosco a todos os lugares, e embora o corte já não esteja mais presente há muito, a dor ainda permanece. "

AdorOOOOOOOOO pra sempreee


Tempos bons, eu confesso horas de certezas.
Minutos de felicidade abraçadas à realidade.
Segundos de paixão e de realização.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009


Pra ele namora comigo,

à espera do sol?

sábado, 17 de janeiro de 2009


às vezes as pessoas têm que chorar todas as lágrimas para dar espaço a um coração cheio de sorrisos.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009


Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas…

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Heartbeats (José González)

Batidas Do Coração
Uma noite para estar confundido

Uma noite para acelerar a verdade
Nós tinhamos uma promessa cumprida

Quatro mãos e então o afastamento


Ambos sob influencia,tínhamos sensibilidade divina
para saber o que falar
Mentes como lâminas


Pedir por mãos (ajuda) de cima,Depender disto (sentido ambíguo, tambem pode ser "ameaçar")
Não pode ser bom suficiente
Para mim, não.

Uma noite de mágica confusão
O início do simples toque
Uma noite para insistir e gritar

E então, alívio

Dez dias de sinfonia perfeita

As cores vermelha e azul
Tínhamos uma promessa feita

Estávamos apaixonados


Pedir por mãos (ajuda) de cima,
Depender disto
Não pode ser bom suficiente
Para mim, não.


Pedir por mãos (ajuda) de cima
Depender disto
Não pode ser bom suficiente

E você, você conhecia a mão do diabo
E você, nos manteve despertos com dentes de lobos

Compartilhando diferentes batidas do coração


Em uma noite Pedir por mãos (ajuda) de cima.

domingo, 11 de janeiro de 2009

carta II

Queria que você querido, me soprasse dos dias em que vive; não apenas destes que quase ama. Ah, e andei pensado, meu bem, decepcionar.Decepcionar, em algumas vezes, pode ser libertador.Libertador.
beijos,
sempre sua.

sábado, 10 de janeiro de 2009

carta I

Fale-me das suas ferrugens querido. Dos seus dias que não levantam há meses.Conte-me querido. Fale das últimas melodias rabiscadas. Fale-me de amores. Fale-me da poeira. Do cheiro da nossa mobília antiga. Ou de algo novo. Não, não precisa ser inovador. Tentador, quem sabe. Conte-me dos seus olhinhos murchos. Que se deitam toda madrugada junto com as flores que vc não rega mais. Conte-me do que te enfurece. Do que te deixa eufórico. Daqueles dias em que você relatou como aqueles líquidos embebiam seu corpo e não o contrário se perfeito fosse. Da sensação alucinógena, deixando-me absorta, ao me conduzir por seus joelhos descritos embevecidos naquela espécie de arrebatamento como imerso em caldas de chocolates no frio. Fale-me meu sorriso que desabrocha sem vento. Relate-me as suas pétalas feridas que caem e não alcançam meus olhos.Grite-me da dor que as plumas do travesseiro acolhem como sussurros.Desbrave minha imaginação, arranque-me.Daquela forma com que perdi meus conceitos há dias afora, os deixei por ai.Do que tornei "presente-passado" e fiz dos teus devaneios alcoólicos e surdos meu mapa traçado de metas futuras.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.”
Clarisse Lispector

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Para começar a conversa, quero dizer que cada vez mais provas-me o quanto és linda, Raposa. No início achei estranho o quanto gostava de ti, o quanto pensava em ti. Mas não foi para isso que cativamo-nos, para não sermos iguais a cem mil demais raposas e principezinhos?
Cheguei a sonhar que eu tava te esperando no meio do campo de trigo, com uma placa bem grande com o teu nome em uma mão e um buquê de flores do campo na outra. No outro dia, eu sonhei que eu morava no aí e tu, aqui.
Tu apresentavas-me a "tua" cidade, e eu tinha sempre a sensação de que já havia passado por aqueles lugares outras vezes.
Mas foram só sonhos, Raposa... do lado de cá,
também sou só saudade!E muita!
Do teu,
Princípe.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Pequeno princípe,
aqui ainda faz frio, mas a alma fica tão bem agasalhada e aquecida quando penso em ti. Podes mantê-la assim?
Tua cativa,
Raposa.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Raposa

Ah príncipe quisera eu ser cativada por ti novamente... sinto tanto a tua falta! Muitas saudades de você que não procura mais e que eu não encontro mais. Lembro-me que era uma angústia esperar um dia por notícias suas, ledo engano! Verdadeira aflição é viver tanto tempo assim, sem uma linha dizendo-me como estás. Estou no meu eterno dilema. Presa em minhas confusões. Ah príncipe! Sou uma raposa repleta de saudade...De saudade e solidão!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Tô revendo minha vida..

♥ Tô relendo minha vida, minha alma, meus amores.
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores.
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores.
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores.
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho.
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho.
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho.
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho.
Estou podando meu jardim, estou cuidando bem de mim. ♥

sábado, 3 de janeiro de 2009
















Coração, e se eu pudesse entrar na sua vida?

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009


Nada é tão difícil quanto não enganar a si próprio