Cada um escolhe por qual janela olhar

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Saudade

A saudade agora é da parte boa. E sorri. É medida pela força do riso que sai quando a memória solta no ar o rosto desejado. Nem é a boca que faz graça, é o coração. Não tem como medir nem calcular o tamanho do bem querer e a falta que ele já faz quando ainda nem foi embora. Dai você sente um perfume e lembra do pescoço. Ouve uma canção e lembra da boca. Cruza com uma camisa e lembra do braço, dos abraços dados. Veja bem, meu bem, ai já era. Você está per-di-da-men-te saudosa no amor. Saudade é o retorno que o coração quer fazer pras estradas que ficaram, que talvez nem existam mais. Pros planos que desistimos. Pro banco na praça onde sentaram. Pros amores que desistimos ou desistiram da gente. E praquele sorriso que sempre volta quando, do outro lado também existe uma saudade igual, tão grande e colorida e risonha quanto a sua.
Saudade é uma distância entre nós e como gostaríamos de estar.
Saudade hoje, é o teu nome numa placa mostrando meu caminho.

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