Ela sabia que precisava dele. Pelo menos naquela noite chuvosa e sem grandes esperanças. Mas tinha medo da compulsão. De querer ele sempre e sempre e pra sempre. E amanhã e depois. E de dia, e tarde, de madrugada. E não saber digerir tanto amor e tanto amor acabar lhe fazendo mal. Só mais um pouquinho, pensou. Uma lasquinha. Pra dormir feliz. Amanhã era amanhã. Depois ela resolvia…
Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima tinha de ser justo amor, meu Deus?
Caio Fernando Abreu
Mudanças. Nós não gostamos delas. Nós a tememos. No entanto, não conseguimos evitá-las. Ou nos adaptamos às mudanças, ou somos deixados para trás. Crescer é doloroso. Qualquer um que te disser que não, está mentindo. Mas aqui vai a verdade: às vezes, quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem as mesmas. E às vezes,oh, às vezes mudar é bom. Às vezes mudar é tudo...
Esquecer e perdoar. É isso que dizem por aí. É um bom conselho, mas não muito prático. Quando alguém nos machuca, queremos machucá-los de volta. Quando alguém erra conosco, queremos estar certos. Sem perdão, antigos placares nunca empatam, velhas feridas nunca fecham. E o máximo que podemos esperar é que um dia tenhamos a sorte de esquecer.
Grey's Anatomy
(...) e peço a Deus para que eu nunca desista de te odiar tanto assim, porque não pode existir ódio mais cheio de borboletas, notas musicais e passarinhos azuis.
Ao final de alguns meses percebi que lutar não era tudo – decidi esperar por você. Vivia uma mistura de amor com solidão e por fim, tinha chegado a altura de perceber que o nosso destino, aquele que nos juntou, era o mesmo que não iria querer que ficássemos juntos.
Passei a noite passeando pelo seu jardim. E pensando em como são bonitas as suas flores. Queria poder te dizer. Queria poder falar contigo. Queria saber se você ainda quer brincar comigo. Não hoje, nem amanhã. Mas, o tempo há de dar jeito. O tempo sempre dá. De um jeito ou de outro.
Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê-lo...
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