Cada um escolhe por qual janela olhar

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Vida complicada, cheia de solidão e ninguem pra amar

1Corintios 6.12

"Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine.

Eu estou silêncio. Ando em profunda quietude. Desconstruindo os impossíveis, reaprendendo o possível. De poesia tenho o pão quentinho que alivia o cansaço do dia e me faz acreditar que sempre há algo bom, pequeno ou grande. Eu estou ausência. Ando em profundo segredo e desgosto. Permito-me a poucos. Eu estou resignação. Ando em profunda humildade. Aceito da vida a incerteza dos dias e respiro a esperança de amar sempre melhor daqui a alguns minutos. Eu estou repouso. Ando em profunda melancolia. Mergulhada lá no fundo da alma. Inquieta, admiro os fatos surpreendendo-me sem sustos. Eu estou palavras. Ando em profundas citações. Coleciono aforismos e nao gargalho subjugando máximas. Troco de verdade todos os dias. Essa é a de hoje. Eu estou liberdade. Ando em profundo vazio. Experimento sabores e cores. Não tenho companhia. Eu estou cumplicidade. Ando em profundo não compartilhar. É carinho e seus sinônimos. Eu estou sem paciência. Ando em profunda espera. Vai passar. Caminho devagar. Estou voltando. Devagar, devagarzinho. Ando tão diminuitivo. Eu estou sentir. Ando emoções. Que se expandem, ganham proporções absurdas e depois se vão. Quase sempre com saudades. Eu estou diferenças. Ando me desconhecendo. E me reconhecendo, principalmente. Eu estou saudades. É meu termômetro favorito. E eu me sei amor. Eu estou resiliência. Ando sem resoluções. E faço-me despedida. Assim seja.

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