Eu escolhi não casar, fazer faculdade, ter uma cama de casal, mesmo sem casa, cabelos lisos e chinelo de dedo. Escolhi escrever à lápis, desligar o celular ao dormir e ler livros de romance. Escolhi minha redução e suco de pessego pela manhã. Escolhi comprar minhas roupas, minhas coisas, bolsa retornável e caderno de folhas recicláveis. Escolhi tomar chá de erva-doce ao entardecer. Escolhi dormir até tarde aos domingos. Escolhi, enfim, escolher.
Nós somos responsáveis pelas nossas escolhas, certo? Vem da mesma ideia de que somos responsáveis pelos nossos atos. É fato. Mas por que você insiste em opinar nas minhas escolhas, hein? É incrivel essa mania que as pessoas têm de fazer escolhas por nós. Isso começa com os pais: que preferem que os filhos sigam tal carreira ou que namorem o filho de fulano de tal que é mais certinho. Pura satisfação pessoal. Filhos que preferem suprir os sonhos não concluídos dos pais são profissionais frustrados ou vivem um casamento infeliz.
Decisões são difíceis, no entanto uma vez tomadas permanecem por toda nossa vida, por bons resultados ou cicatrizes. E principalmente por experiências, baseadas nos erros que vemos ou vivenciamos. Essas mancadas vem das escolhas erradas que fazemos. É inevitável, porém ao mesmo tempo é incrível o quanto amadurecemos e nos formamos a partir de nossas escolhas.
O pronome no plural já expõe a ideia possessiva: nossas. Ou seja, nossas escolhas formam nossa personalidade, o nosso quem sou eu
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