Cada um escolhe por qual janela olhar

domingo, 18 de julho de 2010

Eu não entendo a sua volta, não entendo a sua indecisão

Ele tem um medo assombroso de mim, do quanto posso feri-lo. Eu tenho um medo danado dele, porque é bem capaz de viver sem mim. O lindo cretino nunca disse que não vive sem mim, acredita? Nunca, nem dormindo…

O amor dele é tranquilo, imutável, o meu é para agora, renovável. Ai se ele não demonstra apego numa tarde, mergulho em surto. Ele não depende de jura e declarações, está bem assim, cercada de um silêncio atento, sabendo que o amo. Quando preciso dele, ele supõe que é drama e mais uma artimanha para ser o centro dos acontecimentos. Quando ele precisa de mim, eu deduzo que ele procura se afastar e perdeu o interesse. Já brigamos na rua, no quarto, no shopping, assustamos os donos e seus cães na rua e insistimos e nos perdoamos porque somos tão apaixonados sem entender.
(...) Muito mais do que poderia conservar numa vida. Muito mais do que possuo condições de antecipar pela minha ansiedade.
A esperança pode vencer a experiência. A esperança é uma experiência.

Eu já nem sei ao certo quanto tempo faz. Mas há coisas que são atemporais. Teu abraço que me prende toda, teu riso ao meu lado em frente à TV, música tocando no rádio, a madrugada em que não te deixo dormir, o jeito que te cuidei esses anos todos, mesmo quando estávamos longe. Eu sei, sei que você pensa que tudo dentro de mim pode mudar, e que depois de alguns beijos só resta amizade. Não vai resta nada. O que acontece é que teus carinhos brotaram um amor incondicional em mim, como achei que jamais conseguiria sentir, quando achei que não sentia mais nada por ti. Sei também que alguns sentimentos são feitos não para serem vividos, mas apenas sentidos, calados, quietos. Te amo mesmo no silêncio. Te amo ao esticar a segunda letra de teu nome, quando te escrevo, te amo esquecendo você cada dia um pouquinho, e isso há anos. Namorei alguém tentando te esquecer, esqueci quem eu era com a distância entre nós dois. Te amei sem saber, e me pergunto se isso é possível. Amar e não morrer de saudade. Amar e não morrer de vontade. Amar e seguir vivendo como se não fosse nada. Como se não fosse para hoje a necessidade que tenho do teu braço, do teu riso, do teu amor. Como se a vida não pudesse acabar amanhã. Como se o amor também não pudesse morrer ou jamais existir.

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