"[...]A ela só faz gosto o que lhe é salutar; seu prazer, seu desejo acabam lá onde as fronteiras do salutar passam a estar em perigo. Ela adivinha meios curativos contra lesões, ela aproveita casos desagradáveis em seu próprio favor; o que não acaba com ela, fortalece-a. Ela acumula por instinto tudo aquilo que vê, ouve e experimenta à sua soma: ela é um princípio selecionador, ela reprova muito. Ela está sempre em sua própria companhia, mesmo que esteja em contato com livros, pessoas ou paisagens: ela honra pelo ato de selecionar, pelo ato de permitir, pelo ato de confiar. A todo o tipo de estímulo ela reage lentamente, com aquela lentidão que uma longa cautela e um orgulho desejado inculcaram nela - ela testa o estímulo que se aproxima; ela está longe de ir ao encontro dele. Ela não acredita nem no 'infortúnio' nem na 'culpa': ela dá conta de si mesma e dos outros; ela sabe esquecer... "
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