Cada um escolhe por qual janela olhar

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Não gosto do futuro do pretérito. Eu gosto de tempos simples. Nomes simples. Pessoas simples, mas isso não significa que, seja normal. Eu gosto do presente. Do agora. Do meu presente imperfeito. Sei que meu tempo não está na gramática. Sei que meu desejo está fora da regra. Mas está em mim. Esse é meu tempo. Meu verbo é sentir. E eu sinto. Sinto muito Nosso tempo depende de nós. Não vou dizer: nós poderíamos. Muito menos: se nós pudéssemos. Isso é celebrar o medo. Conjugar o verbo desistir, que já foi tirado da lista. E cá pra nós, a gente não vai desistir. A gente não desiste. Eu sei que dá vontade. Eu sei que ninguém acorda feliz todo dia. Mas nós precisamos. Eu preciso. Preciso acordar e acreditar. Entende? Por isso, pelo menos hoje, vamos fazer um trato.
Vamos esquecer os passados-perfeitos. Vamos parar de pensar no futuro-mais-que-perfeito que eu não conseguigo enxergar. Vamos olhar o outro que está ao nosso lado, abrir o coração e dizer com toda a cara de pau do mundo: Nós podemos. E ponto final. Ah, quer saber o que eu penso? Você agüentaria conhecer minha verdade? Pois tome. Prove. Sinta. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, linda, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Tenho uma tpm horrivel. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio.Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir... Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo. Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome. (Meu coração é minha razão. Essa é a lógica que inventei pra mim). A vida te dá uma rasteira. Você cai, tropeça, o sonho borra a maquiagem, o coração se espalha. Você sente dor, perde o rumo.Quanto tempo faz? Não sei. Não me importa se passaram milênios, décadas, anos, horas, segundos. Não me importa se estou em outubro ou novembro, se chove ou se faz sol. O passado e o futuro não me interessam. Eu não uso relógio, eu não sei a hora certa. Só sei que hoje acordei e pensei em você. O tempo me pareceu vago. Não sei se você existe. Não sei se você se inventou e apareceu sorrindo na minha sala e alguma hora eu vou acordar e você irá sumir. Like a Dream. Mas eu não quero acordar. Não agora. Quero continuar te "olhando" . Olhando esses olhos lindos. Olhos que me olham e não prometem, e que agora só guardo na mente, Eu não quero promessas. Promessas criam expectativas e expectativas borram maquiagens e comprimem estômagos. Não, não e não. Eu não quero dor. Eu não quero olhar no espelho e ver você escorrer, manchando minha cara bonita. Eu quero me enganar e te amar. Até acordar, eu quero me iludir, deixa. Eu não quero querer, talvez queira, mas não posso, mas preciso, então prefiro ficar sem energias, até tudo isso passar, e se passar, mas eu preciso que passe.

Um comentário:

Unknown disse...

quem é o autor desse poema??